A Tábua de Mortalidade, também conhecida como Tábua Atuarial ou Tábua Biométrica, mede a expectativa de vida de uma população para auxiliar no benefício de renda vitalícia.
Entenda a Tábua de Mortalidade
Vou começar este texto com uma pergunta: você sabe até quando vai viver?
É difícil de responder, mas os planos de previdência complementar têm um método de calcular a idade aproximada dos seus clientes. Essa é a Tábua de Mortalidade, também conhecia como tábua atuarial.
Com ela, é possível pegar o saldo acumulado do investidor e dividi-lo em parcelas iguais nos casos de renda vitalícia. Quando você chega na idade que acordou com a previdência, vamos exemplificar usando 65 anos de idade, e sua expectativa é de viver até os 75, a previdência pega então esses dez anos de expectativa e divide o seu saldo acumulado por esse tempo (em meses, claro).
Esse número de dez anos foi calculado pela Tábua Atuarial vigente do plano contratado. Portanto, se o saldo for de 1 milhão de reais para 10 anos de expectativa, o cliente receberá 100 mil reais por ano neste plano. Fácil, né?
A história da Tábua de Mortalidade
Em 1949, os EUA criaram a Tábua Atuarial AT-1949. Acontece que a estimativa de vida dessa época era mais baixa. Logo, em 1983 os norte-americanos criaram outra tabela (a AT-1983), para atualizar a estimativa de vida do país mais de três décadas depois.
Mas é claro que a expectativa de vida muda com o tempo. Nos anos 2000, foi criada a AT-2000, com uma estimativa de vida ainda maior, representando a população dos EUA naquele ano.
Porém, vivemos no Brasil, e uma tabela com números norte-americanos não contemplam a nossa realidade. Lá, a qualidade de vida, serviços básicos de saúde são melhores. Logo, não podemos usar essa medida para o nosso país, onde a expectativa média de vida do brasileiro continua sendo menor do que nos países mais desenvolvidos.
Foi assim que, no Brasil, em 2010, o Mercado de Seguro Nacional criou a BR-EMS, a Tábua Atuarial de Expectativa Média de Sobrevida.
A Tábua Atuarial BR-EMS
Se engana quem pensa que a BR-EMS mede a expectativa do brasileiro “comum”.
A Tabela BR-EMS abrange somente o público-alvo das previdências complementares. Ou seja, ela mede a estimativa de vida daqueles brasileiros que têm uma situação melhor e que consequentemente podem pagar por uma previdência privada, os potenciais investidores de previdência privada do nosso país.
Essa tabela é revista a cada 5 anos. Ela foi revista em 2015, e agora será atualizada somente em 2020. Desse jeito, as empresas conseguem oferecer produtos mais condizentes com a realidade brasileira.
Os investidores que escolherem a renda vitalícia na previdência complementar precisam ficar atentos à tabela de mortalidade vigente do plano. Quanto maior for a estimativa de vida, menos você recebe. Quanto mais antiga for a tabela que ele estiver inserido, mais ele vai receber nos meses de renda vitalícia.
É bom lembrar que, a partir do momento que você começa um plano de renda vitalícia, não é possível atualizar a tabela. Desde o começo, o seu benefício será calculado com a tabela vigente do ano de abertura do plano.
Em suma…
Criada e usada para calcular a expectativa de vida média do investidor nos casos de renda vitalícia, a Tábua Atuarial (ou de Mortalidade):
- apresenta vantagem para o cliente da previdência complementar quando apresenta expectativa de vida baixa, aumentando a renda mensal.
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